Em uma manifestação significativa na Câmara de Vereadores, Bárbara Fontes, presidente da Afefibro (Associação Ferenci de Pessoas com Fibromialgia), expressou seu profundo repúdio ao recente vazamento de nomes de pacientes com fibromialgia e à suspensão dos cartões de passagem. O evento contou com a participação de diversas entidades, que utilizaram a Tribuna Livre para protestar contra essas violações de privacidade e direitos.
Bárbara destacou a gravidade da situação, afirmando que “é uma luta de 20 passos à frente e 30 para trás”, referindo-se ao retrocesso representado pelo vazamento de informações sensíveis. “Foi uma grande crueldade ter os nomes expostos. Isso é uma intimidade que pertence a cada paciente”, declarou, enfatizando a necessidade de reparação e justiça em relação ao ocorrido.
A presidente da Afefibro criticou a resposta das autoridades, afirmando que “desculpas não vão reparar nenhum erro”. Ela ressaltou que a falha do sistema é um crime, uma vez que feriu o Código de Ética e os direitos dos pacientes. “Temos que recuperar esses direitos violados”, afirmou Bárbara, exigindo que os responsáveis pela situação sejam identificados e responsabilizados.
Além de buscar justiça, Bárbara revelou preocupações com a saúde mental dos pacientes. “A psicologia não existe, porque há seis meses a saúde está sem amparo. As pessoas estão sendo levadas a acreditar que está tudo normal, mas a realidade é muito diferente”, disse, alertando para a falta de acesso a consultas e tratamentos, o que tem agravado a situação emocional dos pacientes.
Com o apoio de outras associações, Bárbara planeja ações coletivas para garantir que as vozes dos pacientes sejam ouvidas e respeitadas. “Precisamos de apoio neste momento difícil. Muitas pessoas não aceitam a doença e não estão fazendo tratamento devido à falta de acesso ao SUS”, concluiu, ressaltando a importância de um olhar mais atento e humanizado para a saúde dos pacientes com fibromialgia.
Matéria Vicente Santos








