A Operação Primus, deflagrada na quinta-feira, 16, desarticulou um grupo criminoso responsável por estruturar e expandir uma rede empresarial voltada à adulteração e comercialização irregular de combustíveis na Bahia.
O balanço da ação foi apresentado nesta sexta, 17, no Centro de Operações e Inteligência (COI), em Salvador. A exposição dos dados contou com a presença dos dos seguintes nomes:
Secretário estadual da Segurança Pública, Marcelo Werner;
Delegado Geral da Polícia Civil, André Viana;
Diretor do Draco (Delegacia de Repressão ao crime organizado), delegado Fábio Lordello;
Delegada Haline Peixinho e demais representantes do Draco.
Ligação com o PCC
Durante coletiva de imprensa, a delegada Haline Pinheiro falou sobre a possível conexão do grupo com o PCC (Primeiro Comando da Capital). A oficial, que esteve à frente da operação, expôs o elo entre a facção criminosa e a fraude dos combustíveis.
“É algo que já tá sendo analisado no bojo da investigação. Temos fortes indícios de que há uma vinculação direta com essa facção criminosa.”
Segundo a delegada, a suspeita surgiu a partir do uso de pessoas ligadas ao grupo criminoso como laranjas.
“Principalmente pela questão de várias interposições no quadro societário e, além disso, as movimentações financeiras que foram analisadas e também a repercussão durante a investigação”, destacou.
Na ocasião, a polícia identificou que grupo fazia uso de equipamentos e insumos como batederia de nafta, durante o cumprimento dos mandados. A delegada explicou como funcionava o uso.
“Era utilizada justamente para realizar essa adulteração, principalmente em alguns galpões vinculados ao grupo criminoso. Além disso, através da análise de todos os documentos apreendidos, conseguimos rastrear a vinculação com esses envolvidos.” Questionada sobre uma possível relação com a operação deflagrada recentemente na Avenida Faria Lima, em São Paulo, Haline confirmou.
“Sim, com certeza. Inclusive, nós conseguimos identificar ligação direta com esse grupo que também está sendo investigado lá. Inclusive, dois alvos dessa operação também foram alvos da Operação Carbono Oculto e que inclusive estão foragidos.”
De acordo com a Polícia Civil, a base do grupo criminoso estava em Feira de Santana (BA), com ramificações em outros municípios As investigações apontam que cerca de 200 postos de combustíveis estariam vinculados à organização investigada.








