Em uma recente sessão na câmara municipal, o vereador Ismael Bastos (PL) trouxe à tona uma polêmica que tem gerado insatisfação entre os professores da rede pública. Ele criticou a atuação da APLB, afirmando que o sindicato, ao invés de defender os interesses da categoria, estaria mais preocupado com os valores financeiros que pode arrecadar.
Ismael destacou a situação em que a APLB ajuizou uma ação reivindicando R$ 51 milhões, enquanto a prefeitura reconheceu que o montante devido aos professores gira em torno de R$ 20 a R$ 21 milhões. O vereador alertou que, ao assinar procurações para participar da ação, os professores estariam concordando em pagar uma taxa de 15% que seria destinada ao sindicato. “Esse desconto sai diretamente do bolso dos professores, enquanto a prefeitura já se comprometeu a pagar os valores diretamente a eles”, afirmou.
O vereador também mencionou denúncias de professores que estariam sendo assediados a assinar esses documentos, alertando que essa prática poderia resultar em um desconto desnecessário. “Os professores devem saber que a APLB não está agindo em seu melhor interesse. Eles devem ser cautelosos e não assinar procurações que resultem em perdas financeiras”, disse.
Ismael Bastos questionou a necessidade de um sindicato cobrar tantos valores, ressaltando que a APLB já recebe mensalmente uma contribuição dos professores. “Se os professores já pagam para ter acesso a serviços jurídicos e apoio, por que deveriam pagar novamente em ações judiciais?”, questionou.
A crítica do vereador lança uma luz sobre a relação entre os sindicatos e seus filiados, levantando questões sobre a transparência e a ética na gestão dos recursos. “O que a APLB realmente busca? É hora de os professores se unirem e exigirem respostas”, concluiu Ismael.
A situação continua a ser debatida, e os professores estão sendo incentivados a refletir sobre sua associação ao sindicato e a forma como suas contribuições estão sendo utilizadas. A expectativa é que essa discussão leve a uma maior conscientização e uma reconsideração das práticas do sindicato em relação aos seus membros.
Por: Vicente Santos
