A perversidade com os trabalhadores terceirizados da Prefeitura de Feira de Santana continua. Em mais uma data especial, esses profissionais enfrentam o mesmo sofrimento: salários atrasados, promessas vazias e a incerteza de quando poderão colocar comida na mesa para suas famílias.
“Estamos aguardando o repasse da prefeitura para efetuar os pagamentos”, é a justificativa que muitos já sabem de cor. Outros, de forma ainda mais cruel, ouvem a temida frase: “sem previsão”.
As respostas soam como golpes na alma de quem já passou pela Semana Santa, Micareta, Dia das Mães, Dia dos Pais — e agora o Dia das Crianças — sem o mínimo para oferecer aos filhos. Enquanto a cidade se enfeita para celebrar a data, muitos trabalhadores enfrentam o vazio da geladeira e o peso da desesperança.
A ausência de fiscalização da gestão municipal sobre as empresas contratadas para administrar a mão de obra terceirizada causa indignação. Afinal, de que serve uma máquina pública que se mostra tão fria diante da dor humana?
Entre as empresas, apenas a Desenvolvida efetuou o pagamento de salários e vale-refeição na tarde desta sexta-feira (10). As demais acumulam atrasos de até nove meses de vale-refeição, e em muitos casos, os salários só são pagos com grande atraso — quando são pagos.
Esses trabalhadores são a base que mantém os serviços públicos funcionando: cuidam da limpeza, da segurança, da merenda, da manutenção das escolas e prédios municipais. No entanto, são tratados com descaso, como se suas vidas fossem meros números em uma planilha.
É urgente que a Prefeitura de Feira de Santana assuma sua responsabilidade e garanta o cumprimento dos contratos. O sofrimento desses pais e mães não pode continuar sendo tratado com indiferença.
Mais do que um repasse financeiro, o que se espera é respeito. Respeito a quem trabalha, a quem sustenta a cidade e a quem, mesmo diante de tantas dificuldades, não desiste de lutar por dignidade.
Materia site: Rota da Informação








