Em Feira de Santana, a discussão em torno da tradicional Micareta e do Arrastão ganha novos contornos, trazendo à tona um embate entre a classe empresarial e os representantes políticos da cidade. O vereador Lulinha, um dos defensores do evento, expressou sua indignação diante da possibilidade de cancelamento do Arrastão, que já se consolidou como uma atração popular nos últimos três anos.
A Micareta, que historicamente ocorre em abril, passou por mudanças que a deslocaram para o mês de novembro, gerando críticas sobre a perda de sua essência. O vereador destacou que a festa, que nasceu sob a chuva, é um símbolo cultural que reverbera em todo o Brasil. Para ele, a mudança não apenas desvirtua a tradição, mas também prejudica o comércio local.
Recentemente, Lulinha foi surpreendido ao saber que representantes de uma classe empresarial se reuniram com o prefeito Zé Ronaldo, solicitando o cancelamento do Arrastão, sem consultar os vereadores ou a comunidade. “É lamentável que não tenham buscado diálogo. O Arrastão traz benefícios diretos ao comércio, com vendas de produtos e a movimentação de pequenos comerciantes”, afirmou Lulinha.
O Arrastão, que ocorre anualmente e conta com o apoio de artistas locais, como o cantor Tiago Aquino, é visto como uma oportunidade para gerar renda e promover a cultura da cidade. A falta de consenso entre as partes envolvidas levanta preocupações sobre o futuro dos eventos e a valorização do comércio local.
A situação continua a se desenrolar, e a comunidade aguarda um posicionamento claro dos envolvidos, na esperança de que a tradição e o comércio possam coexistir de forma harmônica em Feira de Santana.
Matéria por Vicente Santos








